Leituras 2013 #1

O Diário da Minha Melhor Amiga de Jill Abramson

Jill Abramson, diretora editorial do jornal The New York Times, viu a sua vida mudar drasticamente com a morte do seu cão, Buddy, seguida de um dramático acidente e uma depressão. Mas o marido, os filhos e os amigos sabiam algo que ela teimava em negar: o seu amor pelos animais seria a forma mais rápida e feliz de ultrapassar aquela fase negra da sua vida. E não podiam estar mais certos. Neste terno e comovente relato, Jill partilha os momentos mais intensos e reveladores dessa relação que lhe permitiu voltar a ter fé no futuro e alegria de viver.

Não é um livro sentimentalista, ao contrário daquilo que se possa pensar quando se lê o título. É escrito por uma jornalista do Times, por alguém, que mesmo sentindo as coisas, está habituada aos factos, a transmitir a verdade nua e crua das coisas, a cingir-se ao essencial sem floreados, a ser sucinta, directa e a fornecer o máximo de informação no mínimo de palavras e espaço.
Alguns jornalistas são o oposto, a mim parece-me que a autora tem dificuldade de por em palavras o amor que sempre pela sua cadela e por isso de mune de todas as novidades, investiga o que há para investigar a nível de comportamento, alimentação, saúde, educação, diversão e tipos de trelas adequadas à raça, porque para ela, se der aquilo que se comprova ser o melhor, é isso que irá fazer a sua nova amiga feliz.
Sou um pouco assim, quando não sei algo, procuro, investigo, inquiro, pergunto, sou chata até ao fim. Aí consegui rever-me nela, mas consegui descobrir tambem o seu amor pelos cães que teve nas suas recordações e naquilo que contou deles, tanto o bom como o mal, sem idealizar nem mistificar.
Agora, não é um livro tipo Marley e Eu, mas para quem quiser ter um sem número de informações acerca de estudos e dados sobre Goldens é um belo livro.