sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Ainda sobre as prendas

O comentário da minha amiga São fez-me andar para trás um bons anos.
Quando era miuda era costumeiro parssar o Natal em casa de familiares. Ora, a minha mãe estava sozinha comigo e tinha tudo a cargo, com um ordenado mínimo bem mínimo. Ela tentava sempre que nunca nada me faltasse (e não faltou), mas não havia dinheiro para festas. O Natal era a excepção e havia sempre um mimo, mas 1 mimo e não uma enchente de prendas.
Na casa desses familiares, os mimos eram diários, e o Natal era aquilo que estão a pensar: uma enchente de prendas par duas crianças (eu era a terceira), que felizmente nunca souberam o que era contar tostões, ou querer e não ter.
Na altura não me apercebia, mas a minha mãe sim, e o "esfregar na cara" a quantidade, o preço dos brinquedos das outras crianças e dos próprios quando se sabia e bem, da situação da minha mãe, era no mínimo falta de educação.
Atentem que estão a ler uma pessoa que adora prendas, mas daí a esfregar na cara as prendas não acho bem.
Uma coisa é falar, é comentar, especialmente entre mães, ou colegas de trabalho. Outra coisa é a soberba.
A primeira é normal, a segunda é burrice.
Eu gosto de ver ideias de prendas. Eu também mostro algumas coisas que gostaria. Mas entre o ver, o gostar e o comprar vai uma grande diferença. Há que consiga distrinçar a o gosto da compra física. Há quem mostre o que compra e quem não mostre. Porquê? Porque há sempre alguém que leva a mal, que se mostra é porque é vaidoso e se não mostra é porque é invejoso.
Estamos numa época de amor e fraternidade, por isso peço que por favor lhe juntem também sensibilidade. Sempre existirá quem pode ter tudo e quem não pode. Mas uma coisa que todos podemos ter, independentemente do tamanho da nossa carteira é bom senso.
Ao que mais acho piada é aqueles que dando a cara dizem tão bonito, ai tu mereces, e por trás dizem que vive às custas do marido, de certeza tem pais ricos ou então faz horas extraordinárias na horizontal.
Eu, pela minha parte, quem me conhece já sabe da minha parvoeira, do meu gosto em dar algo que agrade ao próximo, especialmente miudos. Quem não me conhece, não conhece, e vou continuar a mostrar aquilo que gosto (que com pena não compro, mas também não tenho espaço nem carteira para tudo).
Feliz Natal amigos!!!!

2 comentários:

soumaiseu.blogs.sapo.pt disse...

LOL! Acordei-te traumas de infância? Ter dinheiro não é sinónimo de ter educação, os senhores finos nem sempre vivem em casas de luxo, casa pobres também albergam gente educada.Nós somos o exemplo disso. E com muito orgulho, certo? Beijocas Noquinhas! ;-)

soumaiseu.blogs.sapo.pt disse...

Feliz Natal da Tia São! Beijocas!

 

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