«Já não tenho paciência para
algumas coisas, não porque me tenha tornado arrogante, mas simplesmente porque
cheguei a um ponto da minha vida em que não me apetece perder mais tempo com
aquilo que me desagrada ou fere. Já não tenho pachorra para cinismo, críticas
em excesso e exigências de qualquer natureza. Perdi a vontade de agradar a quem
não agrado, de amar quem não me ama, de sorrir para quem quer retirar-me o
sorriso. Já não dedico um minuto que seja a quem me mente ou quer manipular.
Decidi não conviver mais com pretensiosismo, hipocrisia, desonestidade e
elogios baratos. Já não consigo tolerar eruditismo selectivo e altivez
académica. Não compactuo mais com bairrismo ou coscuvilhice. Não suporto
conflitos e comparações. Acredito num mundo de opostos e por isso evito pessoas
de carácter rígido e inflexível. Desagrada-me a falta de lealdade e a traição.
Não lido nada bem com quem não sabe elogiar ou incentivar. Os exageros
aborrecem-me e tenho dificuldade em aceitar quem não gosta de velhos ou de
animais.
E, acima de tudo, já não tenho
paciência nenhuma para quem não merece a minha paciência.»
José Micard Teixeira
3 comentários:
Olá Nany eu acho que estamos todas um bocadinho assim, acredito que seja da idade, já não estamos para aturar o que não nos interessa, é mesmo assim.
Olha é como o meu post de hoje sobre "os velhos", hummm quem serão aqueles" velhos " que me maçam? hahahahaha
Bjo grande
Maggie
soa-me familiar tb.
Pois... concordo com tudo! Chamo-lhe amadurecimento! Ou carapaça se preferires! Bom fim de semana! Bjinhos!
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