Este ano como tem sido sempre desde que me casei o Natal é lá em casa. Bacalhau cozido para uns, com natas para outros.
Os doces são os do costume, para mim quero o arroz doce da mãe, fatias douradas e farófias. Não gosto de bolo rei mas estou a pensar em experimentar o de chocolate. Lampreia porque fica sempre alguém mal disposto com os ovos e não faz as delícias do pessoal, deve aparecer por lá uma tarde de amêndoa ou de maçã (maçã, preferencialmente com canela).
De resto é trabalho, trabalho e mais trabalho.
Gostava de um Natal diferente: tarefas partilhadas, bons momentos, sorrisos sinceros e não para inglês ver.
Gostava de não ser a cozinheira de serviço, criada de serviço, qualquer coisa de serviço porque saio mais cedo, tenho férias, sou mais nova, posso mais (€€€€ querem dizer, se bem que de todos os que lá vão somos os que recebemos menos e temos mais despesas), etc etc etc.
Gostava de ter um Natal mágico, daqueles que aquecem o coração.
Não estou a falar de prendas, de vários embrulhos para rasgar. Mas de sinceridade, honestidade, simpatia, reconhecimento. Um Natal em FAMÍLIA mesmo que esta incluia pessoa não do meu sangue.
Mas os meus filhos merecem tudo e por eles faço os possíveis para que as recordações sejam as melhores possíveis. Não das prendas mas do espírito natalício, da felicidade que não tem imagens mas aquece o coração e põe um sorriso nos lábios. Se vou conseguir ou não o futuro o dirá, mas vou dar o meu melhor, sempre.
A todos um doce, santo e principalmente Feliz Natal.
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