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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Coisas que me fazem medo, mesmo muito medo

Vi o vídeo pela primeira vez aqui, e reflete um dos meus medos como mãe.
Para as crianças, todos são bons, todos são queridos e simpáticos.
Os cães, os gatos, as coisinhas fofas, as pessoas simpáticas, são grandes chamarizes.
Nós, adultos, caímos em erro tantas vezes. Somos levados no conto do vigário tantas vezes.
E eles? A nossas crianças, será que  mensagem chega lá? Será que nos escutam mesmo?
Os maus, as bruxas não vêm como eles pensam e vêem nos desenhos animados e filmes de tv.
Entretanto vi este post da Mum's the boss e achei a dica boa. Fica a partilha também.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Report

Os dois mais novos doentes, ele com infecção respiratória, ela com otite. Ambos a antibiótico.
O mais velho com provas na escola a querer fazer contas de multiplicar, com o raios-partam-da-asma a querer armar-se em parva.
Mais duas horas de trabalho por dia. Não é a hora de entrada que me apoquenta. É sair de noite, chegar a casa escuro que nem bréu, olhar para o relógio e ver que ainda nem comecei o jantar, quanto mais dar banho aos miudos e já passou a hora de deitar.
Brincar com eles? Perguntar-lhes pelo seu dia? Ter uns momentos para preciar este dia em que cresceram mais um pouco, em que aprenderam mais um pouco? Tudo miragens.
Mas aos poucos chego lá, ou vai ou racha, mas o tempo deles e com eles é o meu maior prazer.
Tempo para mim? Tempo para nós? Que coisa é essa?

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Carolina

De certeza que já leram sobre a Carolina aqui, ou mesmo aqui, mas neste blog podem se quiserem, saber como ajudar a Carolina e a sua família.
Eu não conheço a Carolina nem a sua família mas não é possível ficar indiferente a uma situação assim.
Sou mãe, sou mulher, sou gente, sou um ser humano e se desprezo o bullying por todas as rzões e mais uma, a indiferença de quem pode resolver estas situações, o quiça desprezo com que elas são tratadas dá-me vergonha.
Leiam e decidam por vós.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

BULLYING

Depois de ter lido este post e este também, e depois de ouvir tanta coisa, ler tanta coisa, não posso deixar passar em branco.
O bullying não é só bater, roubar, partir ossinhos, é também a pressão psicológica, chamar nomes, desprezar, os risinhos, as conversinhas, os olhares. Não acontece só nas escolas dos meninos pobres dos bairros problemáticos, daqueles que não devem ter pai nem mãe em casa. Acontece em qualquer escola, com qualquer menino/menina (infelizmente), em qualquer bairro, e pasmem-se acontece até com adultos, é um problema transversal.
O porquê não sei. A culpa não é de ninguém e é da sociedade em geral. Sei é que não deveria acontecer, nunca.
Por isso, e com o total aval da autora do blog copiei este texto para aqui, mas vale não só para o bullying como para muitos aspectos da nossa vida. Por isso é para ler, pensar e guardar na memória.

BULLYING
Uma professora quis ensinar à sua turma os efeitos do bullying.
Pediu-lhes para seguirem as seguintes instruções. Deu a todos os alunos uma folha de papel e disse-lhes para amachucarem, e para deitarem para o chão e para pisarem.
Resumindo, podiam estragar a folha o mais possível mas não rasga-la. As crianças estavam entusiasmadas e fizeram o seu melhor para amachucarem a folha, tanto
quanto possível.
...
A seguir a professora pediu-lhes para apanharem a folha e abri-la novamente com cuidado, para não rasgarem a mesma. Deviam de endireitar a folha com muito cuidado o mais possível. A senhora chamou-lhes atenção para observarem como a sua folha estava suja e cheia de marcas. Depois pediu-lhes para as crianças pedirem desculpa ao papel em voz alta, enquanto o endireitavam. Eles mostravam o seu arrependimento e passavam as mãos para alisarem o papel, mas a folha não voltava ao seu estado original. Os vincos estavam bem marcados.
A professora pediu para que olhassem bem para os vincos e marcas no papel. E chamou-lhes atenção para o facto que estas marcas NUNCA mais iriam desaparecer, mesmo que tentassem repara-las. “É isto que acontece com as crianças que são “gozadas” por outras crianças”, afirmou a professora.
Podes dizer: Desculpa, podes tentar mostrar o teu arrependimento, mas as marcas, essas ficam para sempre. Idosos com 80 anos ainda conseguem lembrar-se com mágoa quanto foram gozados na escola primária e/ou secundária.
Os vincos e marcas no papel não desapareceram, mas as caras das crianças deram para perceber que a mensagem da professora foi recebida.
Se és CONTRA bullying copia esta mensagem e manda para todos os teus amigos e todas as crianças.
O bullying estraga mais do que nós podemos imaginar!!!
Evitem, ajudem e denunciem...

Copiado daqui

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O mundo vai cabar? Não desculpem, acho que já acabou

Quando oiço, vejo ou leio notícias como esta, para mim o mundo acabou. Se acabou o respeito pela vida do outro, principalmente de crianças indefesas, acham o quê?
Posso estar a ser fatalista ou mesmo extremista, mas o que quero dizer é que, quando vejo situações assim, cometidas por pessoas "normais", a angustia, o medo e a revolta é grande. Por ser mãe principalmente, mais ainda por essa razão, este tipo de notícias deixa-me preocupada, abalada e triste.
Mas quando, existe alguém que pensa que o que aconteceu é digno de ser imitado e tenta algo parecido, a indignação e a tristeza aumentam. Quem no seu perfeito "juízo" considera que um massacre a crianças é algo digno de ser imitado? Quem?!?!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Posso voltar para a caverna?

Esteve sem net, tv e qualquer método de comunicação com os mortais exceptuando o telemóvel.
Assim que comecei a ouvir as notícias depois de repararem a linha da PT e reporem o serviço Vodafone Casa, penso que seria melhor hibernar de volta.
A sério, sim, sei que as coisas estão mal, que os tempos não estão para brincadeiras, mas ou isto muda ou ofereçam veneno às pessoas para juntarem à sopa.
Se todos sabem que estas políticas estão erradas, que assim não vamos a lugar nenhum, de que formas as coisas podem e devem ser feitas para ajudar o crescimento da economia e desenvolvimento do país estão à espera de quê? Do Pai Naltal? Da morte da bezerra?
Vou voltar para a caverna. Avisem quando acabarem de se acusar uns aos outros às custas dos pobres que se levantam todos os dias de manhã a quererem ganhar a vida honestamente.
Irra que me deixaram chateada logo pela manhã.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Eu podia falar muito sobre as medidas de austeridade

Mas todos já falaram e falam.
Muitos ainda enfiam a cabeça dentro da areia e escondem-se como a avestruz. Por brincadeira já deixei um comentário a perguntar se podia hibernar. Cá por casa sempre fomos poupadinhos. Nunca andámos em grandes festas, cartões de crédito são bichos non gratos, a crédito compramos a casa e pouco mais.
É verdade que quando mobilámos a nossa 1ª casa, ainda antes de casarmos não tinhamos as mesmas despesas de hoje. Pegámos  nas parcas poupanças e toca a aplicar no necessário. Ele trabalhava e estudava, eu como já tinha acabado a licenciatura, arranjei um part-time e com esse dinheiro extra conseguimos compar móveis e electródomésticos.
Hoje temos coisas com mais de 10 anos que funcionam. Já substituímos a máquina da roupa, porque a anterior sofreu de morte súbita.
Será porque assim fomos educados? Talvez.
Pena tenho das crianças que não têm como viver a não ser daquilo que lhes dão, e dos idosos que depois de uma vida de trabalho fica à espera da caridade alheia.
Se muitos vivem e viveram para além das suas capacidades? Sim, e continuam. Mas, aqueles que se vão lixar, são aqueles que como eu pagam os seus impostos direitinho e não fogem. São aqueles que cumprem como deve ser e não fogem.
Ah que protegemos os mais fracos. Não. Protegem só e apenas os mais fortes. Os fracos que se lixem. Aliás, como na selva é a lei do mais forte que vale.
Estou triste com este país. Triste com aquilo a que chegámos. A um terceiro mundo de 5ª qualidade, a pedir esmola a uma Europa delapidada, onde os meninos ricos fazem troça dos meninos pobres e atiram-lhes rebuçados para se rirem com o espectáculo.
Triste por viver num país onde o recompensado é o calão do espertalhão, que mete ao bolso e faz um chorinho a dizer que não tem, é um pobre, de sapato roto e duas ruas abaixo se enfia num carro xpto para ir almoçar num qualquer restaurante de luxo, enquanto o otário do funcionário que vai fazer de tudo para lhe atribuír o subsídio come uma sandes e pensa como poupar no supermercado, e nas refeições económicas do mês para alimentar a família.
Ora, ide contar histórias da carochinha às crianças, mas atentar às idades, é porque hoje em dia já nem todas acreditam no Pai Natal, Coelhinho da Páscoa e Lobo Mau.

Se, quiserem perder um pouquinho do vosso tempo, ou se chegarem até aqui leiam: “Portugal está a ser assassinado, como muitos países do terceiro mundo já foram”

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Deu-me um fanico

Net
Acabei de consultar o meu recibo de ordenado, a medo confesso.
Este é o mês do subsídio, o mês dos seguros, o mês das despesas maiores que agendámos por ser o mês do subsídio.
Deu-me um fanico. Um ataque cardíaco. Subiu-me a tensão arterial. Fiquei atordoada.
Como tenho um ordenado enorme que paga a creche dos miudos e pouco mais, soube bem ver o valor restante do subsídio de férias.
Só me apetece mandar uma medalhita destas a quem teve a bela ideia de fazer cortes nos subsídios. Ah e outras igualitas a quem goza com a crise, e a provocou, e a quem de lembra de fazer cortes, pedir sacrifícios, impor taxas extras ao que trabalham honestamente e pagam para que os amigos, afilhados, sobrinhos, etc e tais possam ter os seus ordenados e afins por inteiro.
Sempre o mesmo a pagar. É só o que digo.
Já sabia do corte, já sabia o quanto, mas ver assim: preto no branco é um dor na alma.
Pronto, desabafei, mas não recuperei (e acho que não o farei tão cedo).

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Apetece-me grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

Liga-me a minha mãe.
Estranho porque ela tem uma reunião na Seg Social e ainda é cedo.
Está de tal modo alterada que nem a consigo entender. Penso o pior e mais qualquer coisa.
O pior: acabou de ser assaltada. Levaram-lhe um fio fininho, mas com uma medalha de estimação que era da minha avó.
A mim apetece-me partir os queixos, as pernas, os braços, os dentes, cortar às postas, fazer picadinho e passar a pila do gajo por aquelas máquinas de cortar fiambre. Depois pego nele, dou-lhe uns valentes pontapés, treino para peso pesado e uso-o como boneco dos ringues, dou-lhe uns safanões para endireitar a roupa, atiro-o para o buraco mais fundo, obrigo-o a engolir a chave e dou-lhe um nó nos intestinos para não a conseguir deitar fora.
Parece-vos muito? A mim parece-me pouco. É que a minha mãe tem 61 anos e não prima pela saúde.
Apetece-me matar um certo e determinado gaijo. Só não lhe rogo pragas porque não sou bruxa.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Rifa de guerra

A sério, pensava que já tinha visto / ouvido quase tudo, mas esta apnhou-me desprevenida.
Guerra do Biafra, independentemente das razões apresentadas, pelas ideologias seguidas e defendidas, mas uma rifa, senhores, uma rifa?!?!?!!?
Entre os prémios tinham Tv's, frigoríficos, rádios e bicicletas.
Não sei que diga, que pense.
Guerra é guerra. Nenhuma é linda, nenhuma é boa, digam o que disserem. Mas uma RIFA!?!?!!?

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Afinal não somos um país de burros, idiotas e preguiçosos

Se há coisas que me irritam uma delas é ouvir portugueses a falar de si mesmo como uma cambada de idiotas preguiçosos, burros que nem uma porta. Mas quem é que passa um atestado de incompetência a si mesmo?
Quando vi a reportagem sobre o Coloradd pensei logo nisso.
É evidente que eu nunca teria a capacidade para inventar tal coisa, nem essa é a minha área. Mas é bom saber que alguém, português, pensou neste tema ao desenvolver a sua tese, por causa de um colega de escola. Se tinha em mente que a tese ia dar em algo assim? Não sei, não conheço o criador deste sistema de parte nenhuma. Aliás se não fosse a reportagem nem sabia que ele existia.
Não sou daltónica. Nunca me apercebi da dificuldade básica que têm, até ao dia que tive um chefe daltónico que me perguntou de que cor era a camisa e a gravata, porque a mulher saiu de casa primeiro e ele não tinha bem a certeza do que tinha vestido.
Todos sabemos da dificuldade dos invisuais. Daqueles que têm um grau elevado de miopia. Daqueles que têm cataratas ou outras doenças do foro oftalmológico, mas esta não se vê, por assim dizer.
E fiquei orgulhosa. De mim, que nada fiz, mas por ter um compatriota que inventou um sistema que ajuda milhões de pessoas. As repercussões simples e tão boas na vida de tantos é motivo de orgulho e de parabéns. Parabéns a ele.
E nós, portuguesinhos, que somos bons e maus, feios e bonitos, porcos e limpinhos, organizados e desorganizados, altos e baixos, gordos e magros, como qualquer pessoa no mundo, que tal deixarmos de nos auto-rotular como burros, idiotas e preguiçosos e começarmos a olhar para nós como pessoas inteligentes e trabalhadoras. Já não era sem tempo não?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Nem sei que nome dar a isto

Estou aqui a trabalhar e como tenho um ratito no estômago abri a gaveta e saquei da maçã que trouxe para o lanche da manhã. Entretanto, aproveitar para fazer uma pausa, lavar as vistas e ver blogs. Apanhei não um murro no estômago, mas um encontrão.
Refilo que estou gorda, que tenho de perder uns 15kgs, que tenho de comer menos e melhor, que nem sei como vou dar volta a isto, que se não for desta desisto de vez, etc e tal e depois...bem depois veio o encontrão.
Idosos na rua a pedir para comer. Idosos em casa à espera da srª que lá vai levar o almoço e dar dois dedos de conversa. Crianças famintas, que tantas vezes vão para a cama com a barriga a roncar.
Não estou a dizer que o que eu como lhes falta a eles, mas lembrei-me de algo que ainda não fui capaz de por em palavras: quando cheguei a casa um dia destes estavam pessoas sentadas, com carrinhos de compras e sacos à espera que o banco de alimentos do centro social da minha área abrisse portas.
Posso não parar de refilar, pois conheço-me e sei que vou continuar. Posso continuar a tentar deitar abaixo os 15kgs a mais, mas desde sempre, desde há muito tempo que me dizem "não estragues a comida que muitos meninos passam fome". E assim é.
O que vou mudar? Não sei, sei é que só faço comer para aquela refeição e para o almoço do dia seguinte. Sempre fiz. Sou daquelas pessoas que não repara no que as pessoas comem ou bebem, reparo no que deitam fora, no terem mais olhos que barriga.
Mas custa saber que tantos pedem para comer. Como diz esta mãe ninguém devia ter de pedir para comer!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Possíveis ou necessárias compras

Nunca fui de renovar o guarda roupa só porque entrava uma nova estação e tenho coisas em casa com 20 anos que ainda uso. Juro que naquilo que gasto mais dinheiro é nos sapatos, até porque tenho um andar que dá cabo deles em três tempos, mesmo assim não gasto muito neles porque quando vou comprar digo sempre que acima de X ou Y não gasto e pronto.
O facto de ter sido criada com contenção de custos, de que primeiro estão as contar para pagar, depois a poupança para dias piores, para imprevistos e só depois se sobrasse algo e mesmo assim pensando duas/três vezes é que se gastava.
Claro que não me vou por com moralismos a dizer que nunca comprei nada no momento, ou que nunca gastei em nada supérfulo, claro que sim, mas como as coisas estão e com dois miudos penso muitas vezes antes de gastar especialmente se for algo para mim.
Este ano não devo comprar muitas coisas para eles, além de pedir sempre ao Pai Natal algo que lhes faça falta também a roupa dele serve e dela tenho a sorte de uma amiga me emprestar da filha. Claro que vou comprar algo para estrearem no Natal e nos anos, mas nada de mais nem por ai além.
Para mim bem que precisava, para além de farta do que tenho, muitas coisas ou não servem ou estão fora de moda, ou velhas, mas reciclo e reciclo a cada estação. Sempre gostei de peças clássica o que torna mais fácil reciclar e re-usar. Já tenho delineado o que preciso e o quanto irei gastar, nada de ir além no orçamento. Como nunca dei valor a ter de ser marca X, Y ou Z desde que me fique bem (e aqui é o mais importante neste corpinho XXL) e possa pagar estamos bem. A única coisa que ando atrás são uns botins mas os que vejos ou estão estupidamente caros ou estupidamente altos.
Mas o medo mantêm-se, para além de ordenado ser pequeno, o subsídio de Natal ser cortado, mais que nunca o princípio com que fui educada faz sentido. Contenção, atenção e nada de gastos supérfulos. Diversão sim mas para dar umas boas gargalhadas com os meus não é preciso gastar dinheiro.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Concordo

Gosto de ler o blog, e com este post não posso concordar mais.
Tenho pena, mas como é costume dizer-se quanto maior é maior é a queda.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sobre o subsídio de Natal

Todos sabem que o subsídio de Natal este ano é mais pequeno, isso não é novidade.
Não vou dizer que gosto, não gosto mesmo NADA.
Não vou dizer que aprovo, também não o faço, mas compreendo.
Independentemente das minhas ideologias ou gostos politico-partidários existem medidas das quais apesar de não gostar, rebelar, mandar uns belos murros na mesa, dizer uns impropérios percebo. E já não é a primeira vez que esta medida é tomada no nosso país.
Muitas famílias dependem deste subsídio e o facto de ele ser cortado vai prejudicar muita gente, eu incluída.
Lá por casa ganhamos dois, gastamos cinco, a verdade é essa e o salário não é alto. Não, não tive nem tenho o meu salário cortado simplesmente porque não atinjo o escalão, mas também vou sofrer com estas e outras medidas. O abono por exemplo já era.
Também sei que o pais e o mundo não estão bem financeiramente, quer dizer, alguns estão e outros nem por isso, que a crise não é culpa minha ou nossa, mas de uma mão cheia de gajos gananciosos que nem lhe sentem o cheiro.
Mas e as outras medidas? Essas também importam e muito e porque se fala só nesta? Por ser a mais mediática, talvez.
Estranhamente, ou talvez não, acho piada que não se fale muito sobre as reformas essenciais como a celeuma provocada pela dispensa á Função Pública quando a Troika cá esteve, ou na altura da Páscoa. Parece que esse sim era um assunto importante, que iria provocar gravers consequências para o país, mas que estas medidas novas, de um novo governo eleito, essas não. Vale lá a pena debater sobre elas.
Sabem qual é o meu maior receio? A Grécia. Situações como a aquela que eles neste momento estão a passar, e que como em tudo na vida não acontecem só aos outros.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre a tolerância de ponto

Então isso é que foi hã, uma fim-de-semana comprido?
Diga?
Pois, não sei se sabem mas o meu fim-de-semana foi comprido, longo, enorme porque na quinta-feira tive tolerância de ponto. Sabem, aquela que muitos tiveram, mas só os funcionários públicos, essa corja de inúteis, pode usufruir junto a feriados e ter um fim-de-semana grande.
Se mais alguém me disser o mesmo, eu expludo, rebento e solto a franga.
Porque tivemos prejuizos de milhões por causa de uma tarde. Sim, e o que se poupou em luz, telefones, etc?
Porque ficamos mal vistos em tempos de crise, mas já se sabe, os FP, a corja é mesmo assim.
Porque coitadinhos de nós (os outros) tivemos de trabalhar mais uma tarde que vocês.
Sim, me enganem que eu gosto.
A creche do meu filho não é "pública" e fecha a quinta-feira santa, sempre todos os anos, sem apelo nem agravo, porque é uma instituição católica, mesmo que os pais dos miudos (católicos ou não) não tenham com quem os deixar nesse dia e o patrão não permita um dia de férias em vésperas de feriado.
Sim, porque a culpa da crise é toda dos FP. Foram eles que fizeram empréstimos que não podem pagar, que fizeram mal uso de subsídios. Sim, porque recebem balurdios e toca a retirar do ordenado.
Pois, até não me importava de trabalhar de tarde sem o medo será que este mês há dinheiro para ordenados. Não me importava de não ter tido a tolerância sem ter de pensar que até recebia o subsídio em dinheiro e não em títulos, porque pasmem-se preciso dele para as contas.
Não me venham com a história da tolerência e disto e daquilo. Que no privado se trabalha muito, e que temos de dar o litro e tal, e que não temos tempo para internet, blogs, facebook e outros que tais.
É o FP a quem o superior diz que não pode ter uma avaliação de excelente, apesar de ter dado o litro, ter superado em grande os parâmetros de avaliação, ter feito horas extraordinárias (que não são pagas), porque a cota de excelentes está cheia, porque este ano vai para o colega que também se esforçou, porque não há dinheiro para prémios, que não pode progredir na carreira  que é culpado da crise, que é o preguiçoso que não trabalha pois teve uma tarde de tolerância. É a ele que se pede produtividade, que dê o exemplo, que seja altuísta pois nem vale a pena pensar na carreira por cauda da crise.
O que eu não sabia é que o Algarve, Alentejo e outros estavam cheios de FP com tolerância. Que os carros nas estradas eram só deles.
Eu já trabalhei no privado, tinha os tempos controlados, as chamadas telefónicas gravadas e com tempo controlado para resolver assuntos bicudos ou normais e também bebia o meu café, fazia as pausas e brincava com os colegas. Mas ai não é improdutividade, é apenas um momento de relaxe normal e necessário.
Pois....já me tinham dito. A culpa é toda deles, dos outros. Nunca nossa.
 

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