Cortar os pulsos

Ou melhor, o pulso esquerdo, quase quase o tendão.
Não eu, a minha mãe.
A minha mãe é e sempre foi muito despachada, mulher que já nasceu de mangas arregaçadas para não perder tempo, e que não manda fazer, diz como quer e ensina exemplificando e que é o protótipo de bicho carpinteiro cheio de stress e a 1000 à hora.
Ontem, estava ela a cortar uma planta alta e de caule rígido quando a faca se lhe escapa e vai direitinha ao pulso. Um grande e feio corte, quase no tensão (ele [o tendão] via-se a mexer), muito sangue e ela sobe as escadas, estanca o sangue, faz garrote, liga à filha e espera calmamente, cheia de dores mas calmamente.
Eu, filha estava no ginásio (esta novidade conto depois) e aparece-me lá o marido e o filho a dizer que ela tinha tido um acidente. Toca a correr, mais stressada e acelerada que ela e toca de a levar ao hospital.
Caso grave porque quase que cortava o tendão. Pontos, gelo, descanso, nada de esforços e daqui a 10 dias retirar pontos.
Ela está bem, com dores mas bem. Felizmente. Obrigada meu Deus.